Ardeu
como chama solta em campo seco
sem aviso, sem pudor
beijo voraz, olhar de abismo
fomos dois corpos em pleno ardor
Foste febre, sede, vertigem
nos teus braços, perdi o chão
era delírio, era vício, era miragem
mas foi intensa e voraz paixão
Foi daquelas que rasgam sem piedade
que não perguntam se vai doer
um toque teu era tempestade
e eu? sem abrigo para me esconder
Inventámos fantasias em segundos
mentimos com os olhos, com a pele
mas nada em nós cabia no mundo
só o excesso, o sal...o fel
Agora, resta só o cansaço
de um amor que foi incêndio e ruína
queimou tudo, até o compasso
do coração, que já não atina
Foi paixão sim, da mais real
mas dessas que vêm sempre a sorrir
fogo lindo, cruel, infernal...
que ensinou a amar...e a destruir.
Mário Margaride
Apasionado poema. Te mando un beso.
ResponderExcluirQuerido Mario, precioso poema sensual y apasionado, me encantó
ResponderExcluir♥¡Feliz inicio de semana!♥
♥Abrazos y te dejo besitos♥
♥♥♥♥♥♥GRACIAS♥♥♥♥♥♥
Boa noite, Mário.
ResponderExcluirEste poema é uma torrente de fogo e cinzas.
Captura com rara intensidade a dupla face da paixão: embriaguez sublime e ardor destrutivo.
A sinceridade crua confere ao texto uma força visceral, quase selvagem, mas poeticamente comovente.
Sentimos que você transformou uma experiência dolorosa em uma obra vibrante, onde o amor se torna tanto uma bênção quanto uma cicatriz.
Boa noite, beijos.
Véronique
Mário um precioso e sensual poema que você trouxe. Mário bom domingo abraços.
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