Penso em ti
e relembro as palavras, os gestos, os sorrisos
pérolas de um colar desfeito
caídas, uma a uma, na minha mão
traços dispersos, de uma pintura inacabada
fios de luz, com que a memória me compensa
e torna mais suave, a solidão…
Recordando…
ignoro a realidade, e o ritmo dos dias
de ontem…faço hoje, e amanhã
prolongo o que foi breve… adio o fim.
Nesta troca de tempos, busco um tempo
em que a emoção que persiste, esmoreça
e finalmente, morra em mim.
Mário Margaride-In O Eco das Palavras-2007