Foi como cair
sem escadas, sem chão
apenas o impulso do corpo
a obedecer a algo que não era razão
Estavas ali...
e isso bastava
para que tudo o resto deixasse de importar
As promessas
os medos
a vida antes de ti
nada mais tinha voz
Tocaste-me
como se o mundo estivesse a acabar
e eu deixei
Porque, naquele instante
acabar
parecia mais suportável do que resistir
Era paixão, dizem
mas era mais do que isso...
era uma espécie de fúria
uma necessidade de perder-me em ti
até não sobrar nome
nem memória
Fomos tudo de uma vez
rápido, intenso, impossível
E como tudo o que queima depressa
ficámos em cinzas
Agora
olho o vazio
que ficou onde antes havia pele
e percebo
não era amor
era só uma explosão
de tudo o que não sabíamos segurar.
Mário Margaride
Boa noite, Mário, rendo-me aos teus versos. Belíssima poesia! Aplausos. Muita luz e paz. Um ótimo final de semana. Abs
ResponderExcluirOlá, amiga Sonya.
ExcluirMuito obrigado, pelo gentil comentário que aqui deixaste.
Beijinhos e bom domingo!
Que bom que aconteceu, meu caro Mario.
ResponderExcluirCom a intensidade desejada pelos amantes.
Mais do que isso, é a beleza da linguagem; é o vigor do poema.
Um grande abraço,
Olá, caro amigo.
ExcluirMuito obrigado, pela visita e gentil comentário que aqui deixou.
Abraço e bom domingo!
Tem amor que é assim como fogo queima mais depois vira cinzas. Belíssimo poema Mário abraços.
ResponderExcluirOlá, amiga Lucimar.
ExcluirMuito obrigado, pelo gentil comentário que aqui deixaste.
Beijinhos e bom domingo!
🔥 This hit me right in the gut—the way you capture that all-consuming, almost *violent* kind of love. ‘A need to lose myself in you until there’s no name left’? Chills.
ResponderExcluir*
Olá, amiga Sadia.
ExcluirMuito obrigado, pelo gentil comentário que aqui deixou.
Beijinhos e bom domingo!
Gostei muitissimo do poema.
ResponderExcluirA situação, felizmente nunca a vivi.
Querido amigo, carinhoso abraço, bom feriado :)
Olá, amiga São.
ExcluirAcredito que não. Mas muitos de nós a viveram de certeza.
Muito obrigado, pelo gentil comentário que aqui deixaste.
Beijinhos carinhosos e bom domingo!
Olá, amigo Mário!
ResponderExcluirÉ muito comum aos homens terem ímpetos de paixão, afinal as mulheres estão expostas (também acontece o reverso). A dor que ficará não compensará a tal ilusão, na certa.
Um retrato fiel da paixão que não é bom nem de se ler. Triste demais.
O poeta sabe retratar inúmeras dores e até as não vividas pela sua sensibilidade e inteligência.
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos
Olá, amiga Roselia!
ExcluirAssim é estimada amiga. Não será preciso viver as situações para as retratar poeticamente. A poesia é isso mesmo.
Muito obrigado, pelo gentil comentário que aqui deixou.
Beijinhos e bom domingo!
Esse poema exala fogo. Mas um fogo que queima rápido e pode deixar tudo em cinzas. Ou não, o fogo sempre volta a arder se assoprar um pouco...
ResponderExcluirabraços, poeta.
Obrigado, amigo Edu, pelo teu comentário.
ExcluirAbraço e bom domingo!
Este poema arde com uma intensidade visceral — a queda sem chão, esse impulso que nada explica, a paixão que foi mais que fogo, foi pura fúria… e as cinzas que ficaram dizem mais do que qualquer rima. Brutalmente belo.
ResponderExcluirCom amor,
Daniela Silva 🦋
Alma-leveblog.blogspot.com — espero pela tua visita no meu blog
Olá, amiga Daniela.
ExcluirMuito obrigado, pelo gentil comentário que aqui deixaste.
Beijinhos e bom domingo!
Melancólico poema. Me gusto mucho. Te mando un beso.
ResponderExcluirOlá, amiga Alex.
ExcluirMuito obrigado, pelo gentil comentário que aqui deixaste.
Beijinhos e bom domingo!