Se, um dia, á deriva te encontrar
dá-me a tua mão, não te deixes ir
deixa-me nas tuas águas navegar
Sentir a tua ondulação, o teu refluir
sentir cada maré e concluir
que só é em ti, quero naufragar
Leva-me nas tuas vagas, dá-me um leito
em que este meu corpo imperfeito
se acolha, na tua foz, no teu mar
E, se, o teu caudal eu encontrar
abre-me as tuas ondas
para nelas naufragar.
Mário Margaride
09-11-2009