Quando me beijas
roçando a minha pele
és a labareda
eu folha de papel
ateias-me o corpo
incendeias-me a alma
para depois seres o rio
que tudo acalma
Quando me beijas
e tocas minha pele
adoças meu corpo
lambuzas o meu mel
perco depois
o rumo de mim
transformo teu corpo...
num poço sem fim.
Mário Margaride
21-04-2010