No silêncio da noite
o coração sussurra
emaranhado num mar de emoções
Onde o sentir se inquieta
num labirinto de contradições
Amar e temer
como fios entrelaçados
caminhando na corda bamba da paixão
O amor, doce e amargo
como um vinho antigo
às vezes suave como o vento
acariciando a pele
outras vezes
um furacão que arrasta tudo consigo
nas contradições do sentir
encontramos abrigo
A saudade
essa faca de dois gumes
corta profundamente
mas também nos mantém vivos
É o eco das memórias
o perfume das lembranças
um paradoxo que nos faz sorrir e chorar
E o medo? Esse companheiro fiel
que nos impede de voar
mas também nos protege
Medo de perder
de se entregar
de ser vulnerável
uma dança entre coragem e fragilidade
Assim somos nós
seres de contradições
corações que pulsam entre o sim e o não
e na teia dos sentimentos
encontramos a nossa essência
e nos perdemos para nos reencontrar
Que as contradições do sentir
sejam a nossa poesia
a melodia que embala
as nossas noites solitárias
E que, no enigma do amor
encontremos a verdade
na dança eterna
entre o desejo
e a realidade.
Mário Margaride
Oi Mário
ResponderExcluirUm sentir que tão bem soube traduzir nesse poema.
Amar e temer , desejo e realidade o doce e o amargo , essas contradições que nos mantém vivos. Muito lindo, Mário .
Deixo abraços ,desejando um feliz fim de semana., com toda inspiração e o dom da poesia que lhe é peculiar.